sábado, 6 de outubro de 2012

INQUÉRITO VAI APURAR CONFRONTO

CORREIO DO POVO, 06/10/2012

Inquérito vai apurar confronto no Centro

A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar o confronto ocorrido da noite de quinta-feira, no Largo Glênio Peres, no Centro. De acordo com o titular da 17 DP, Hilton Müller Rodrigues, até o momento o que ficou claro foi o motivo que levou ao início da confusão. 'Pelo que eu percebi, a Brigada Militar só agiu após haver dano ao patrimônio', comentou Müller. Ele explicou que os manifestantes pularam as grades e invadiram o espaço destinado a um dos quatro exemplares espalhados pelo país do tatu-bola, mascote da Copa do Mundo de 2014. O boneco inflável de 7 metros de altura foi danificado pelos manifestantes, que denunciaram abuso por parte da BM. 'Isso terá que ser apurado ao longo do inquérito', afirmou o policial. 
 
O delegado disse que serão apurador dois crimes: lesão corporal e dano ao patrimônio público. A investigação já solicitou imagens das câmeras de segurança instaladas na região para apurar quem danificou o boneco e se foi desproporcional a reação da BM. Gravações de pessoas que participaram do conflito já foram analisadas pela Polícia. 
 
O Ato em Defesa da Alegria (ADA) foi organizado via Internet por um grupo que tinha a intenção de protestar contra o cercamento do auditório Araújo Viana, no Parque da Redenção, e contra as parcerias público-privadas (PPPs) firmadas pela prefeitura, incluindo a que permitiu instalar chafarizes no Largo Glênio Peres, onde o confronto de ontem se registrou. Na quinta, o grupo se reuniu de forma pacífica desde as 16h em frente ao Paço Municipal, na praça Montevidéu, no Centro, sob a vigilância de 19 guardas municipais e de 23 policiais do Batalhão de Operação Especiais (BOE).
 
 'Queremos mostrar que a população quer se apropriar dos espaços públicos', disse um dos integrantes do movimento. Na noite anterior, o grupo já havia queimado uma peça publicitária, também inflável, em frente ao Araújo Viana, após o show do músico Tom Zé. 'É o símbolo do capitalismo, querem entregar à iniciativa privada todos os espaços que são do povo', gritou um dos manifestantes. De acordo com manifestantes, durante o confronto, a BM usou bombas de efeito moral, balas de borracha e gás lacrimogêneo, além de bater com cassetetes.
 

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