ZERO HORA 12 de setembro de 2012 | N° 17190
MORTE DE GAROTOS. Bope invade favela atrás de matadores
Uma operação especial da Polícia Militar realizada em conjunto com a Polícia Civil do Rio de Janeiro na favela de Chatuba, na Baixada Fluminense, após a chacina de 12 pessoas no final de semana prendeu até o final da tarde de ontem 11 suspeitos. Dois deles foram detidos na segunda-feira, e outros nove, ontem com a ocupação da favela, que teve a participação do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
Entre os mortos estão seis garotos, entre 16 e 19 anos, cujos corpos foram encontrados na manhã da segunda-feira em um canteiro de obras na Rodovia Presidente Dutra. O local fica a nove quilômetros do bairro onde os adolescentes moravam. Eles teriam ido até o Parque de Gericinó, no sábado, para tomar banho de cachoeira. A operação na favela foi desencadeada diante da suspeita da polícia de que poderia haver mais corpos na área onde os jovens foram encontrados.
Para a polícia, os crimes teriam sido cometidos por traficantes da região, embora não exista nenhuma informação até o momento de que os adolescentes tivessem ligação com o tráfico de drogas. A ocupação da Chatuba está sendo considerada por tempo indeterminado. Aproximadamente 250 policiais militares participaram da ação e outros 112 permanecerão na área. A comunidade é cortada pelo Rio Sarapuí e fica nos municípios de Nilópolis e Mesquita, próxima ao Gericinó. A polícia avalia que os criminosos são egressos dos complexos do Alemão e da Penha, fugidos após a Polícia Militar ocupar as duas favelas.
Os corpos dos garotos foram enterrados ontem no cemitério de Olinda, em Nilópolis. A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, disse que a chacina é um marco negativo repudiado pelo governo e não pode ficar impune.
FRASE - Maria do Rosário, ministra da Secretaria de Direitos Humanos - ‘‘ O fundamental é que ela (chacina) não fique impune. A violência contra a juventude é uma violência contra todos nós. Conversei com o governador Cabral (Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro), e ele me garantiu que todas as providências para identificar os responsáveis estão sendo tomadas.
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