EDITORIAL ZERO HORA - 13/06/2012
Há dois anos em avaliação pelas autoridades estaduais de trânsito, o plano prevendo o monitoramento via satélite da frota de 6 mil carros da Brigada Militar continua paralisado simplesmente pela impossibilidade de reunir os recursos necessários. A intensificação da inteligência nessa área, acrescentando ao uso exclusivo do rádio alternativas facilitadas pelos avanços tecnológicos, é fundamental para um aproveitamento mais racional dos poucos recursos físicos e humanos disponíveis. Por isso, a pendência precisa ser resolvida logo, permitindo que os gaúchos possam vislumbrar uma perspectiva de queda na sensação de insegurança.
Obviamente, o policiamento ostensivo é apenas uma das alternativas de redução da criminalidade. Ainda assim, é uma das mais importantes e uma das que mais evidenciam até que ponto o poder público está preocupado ou não em garantir proteção aos cidadãos no cotidiano. Por isso, é importante que possa ser encarada com a mesma seriedade dedicada a medidas preventivas, que buscam conter a progressão da violência com a mobilização das comunidades com mais opções de lazer, com mais ênfase à educação e com a retomada pelo Estado de serviços e espaços físicos hoje comandados pelo narcotráfico.
Chama atenção, no caso específico da massificação do rastreamento por GPS nas viaturas da Brigada Militar, que os recursos exigidos somam R$ 15 milhões, R$ 5 milhões dos quais já aprovados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Não é, portanto, uma quantia impossível de ser reunida por um Estado importante como o Rio Grande do Sul.
Outras unidades da federação e alguns municípios gaúchos, como os do Vale do Taquari, vêm demonstrando na prática a vantagem do uso da inteligência nessa área sob o ponto de vista administrativo. O governo gaúcho tem pela frente a oportunidade de comprovar que pode usar essas inovações também para propiciar mais qualidade na segurança aos cidadãos.
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