terça-feira, 29 de maio de 2012

ATRÁS DAS GRADES A MANDANTE DA MORTE DE POLICIAL

zero hora - 29 de maio de 2012

Mandante da morte de policial volta para a cadeia

Mulher que havia sido solta após confessar crime foi encontrada em uma clínica de recuperação - EDUARDO TORRES


Terminaram por volta das 10h de ontem as buscas a Odete Bortolini, 54 anos, apontada pela polícia como mandante da execução do policial civil aposentado Ari Schuck, 60 anos, há uma semana, em Cachoeirinha. A prisão preventiva havia sido decretada pela Justiça na sexta-feira. Ela foi encontrada por agentes da 1ª DP de Cachoeirinha em uma clínica de recuperação de saúde no bairro Igara, em Canoas.

De acordo com o delegado Rafael Liedtke, a mulher teria sido internada no local pela família desde que teve a sua soltura determinada, na quarta-feira passada. Odete havia sido presa em flagrante um dia antes, horas depois do assassinato do policial. Namorada da vítima, a mulher confessou participação no crime. Como tem residência fixa e não tinha antecedentes criminais, recebeu liberdade.

Na quinta-feira, a polícia solicitou a prisão preventiva, concedida na sexta. Naquele mesmo dia, agentes fizeram buscas sem sucesso. E, então, ela passou a ser considerada procurada. Ontem, a mulher nem prestou depoimento e foi encaminhada novamente à Penitenciária Madre Pelletier.

– Como já temos a confissão dela e os depoimentos dos dois executores, há elementos suficientes para os indiciamentos por homicídio triplamente qualificado e roubo – afirmou o delegado.

Com a prisão, a polícia considera o caso encerrado.

Suspeita é de que assassinato tenha motivação patrimonial

Na última quinta-feira, dois jovens de 19 e 20 anos foram presos e confessaram terem executado o crime a mando de Odete. Conforme a investigação policial, eles teriam recebido da mulher R$ 500 de adiantamento e ganhariam, no total, R$ 10 mil para matar o policial civil aposentado.

Em depoimento no dia do crime, Odete, conforme a polícia, afirmou ter contratado homens somente para retirar o revólver calibre 38 que estava no cofre da casa. Algo que não foi convincente para os investigadores. A principal suspeita é de que o assassinato teria motivações patrimoniais.

O casal teria vivido junto por sete anos, até 2008. Naquele ano, Odete teria começado a exigir que Schuck reconhecesse a união estável. Ela entrou com uma ação judicial requerendo essa condição e a divisão dos bens.


Entenda o caso
- Ari Schuck foi morto por volta das 2h do dia 22. Ele foi asfixiado com um cinto, teve o dedo mínimo arrancado. O revólver calibre 38 dele foi levado.
- Na noite de quarta, dia 23, a namorada dele, Odete Bortolini, confessou que o crime foi encomendado com o intuito de roubar o revólver calibre 38 que Schuck guardava no cofre. Suposto motivo: o pânico de armas que sentia. Naquela noite ela recebeu voz de prisão e foi levada à Penitenciária Feminina Madre Pelletier.
- Na quarta-feira, Odete foi solta por ordem da Justiça por ter residência fixa e não ter antecedentes criminais.
- Na quinta-feira, dois homens foram presos e confessaram que o crime havia sido encomendado por Odete.
- Na sexta-feira, a Justiça determinou a prisão preventiva de Odete. Os policiais da 1ª DP de Cachoeirinha fizeram buscas por ela, mas não a encontraram, e a mulher passou a ser considerada foragida pela polícia. Odete só foi locallizada ontem.

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