Polícia Civil é o foco da preocupação do Piratini
O período mais turbulento na Segurança Pública do Rio Grande do Sul já se dissipou, com o fim de uma série de protestos incendiários atribuídos a PMs insatisfeitos com seus salários. Agora, são os agentes da Polícia Civil que pressionam por reajuste. Ontem, teve início uma operação-padrão no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) – que tem por objetivo tornar mais lentos as investigações policiais e o andamento de processos. O governador Tarso Genro prometeu apresentar nova proposta para a categoria até o fim do mês.
– Não percam a cabeça no movimento. É fácil entrar numa greve, mas é muito difícil sair – disse Tarso, após protesto de servidores em frente ao Palácio da Polícia.
A operação deve se estender até 7 de março, quando está marcada uma assembleia-geral, que pode decidir pela greve.
– Não estamos trabalhando para que ocorra o mesmo que está acontecendo na Bahia, mas também não podemos deixar de reivindicar nossos direitos – disse o presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Policia do Rio Grande do Sul (Ugeirm), Isaac Ortiz.
Esta foi a última categoria da Segurança a se rebelar. Primeiro foram os policiais militares, que no ano passado realizaram uma série de protestos, entre eles, a queima de pneus em rodovias. No final de 2011, foi a vez dos delegados de polícia clamarem por melhores vencimentos. Chegaram a anunciar um possível boicote à Operação Verão, com prejuízos aos trabalhos no Litoral. A categoria votou a favor da proposta de aumento salarial diferenciado para cada uma das quatro classes, pago de forma gradual entre 2013 e 2018.
– Depois de aprovado o aumento dos delegados, surgiu um abismo entre os nossos salários. Por isso, decidimos fazer apenas o que nos compete, o que está previsto em lei ser a nossa função – diz Ortiz.
Pela proposta do governo, o salário dos agentes passaria para R$ 3,7 mil em 2018. A categoria esperava R$ 8,3 mil.
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