WANDERLEY SOARES, REDE PAMPA, O SUL
Porto Alegre, Quinta-feira, 12 de Janeiro de 2012.
A alquimia do governo que acalmou, por ora, delegados e oficiais de nível superior da Brigada, deverá ser a mesma a ser proposta para agentes da Polícia Civil.
Amanhã, sexta-feira 13, promete. Os agentes policiais estão mobilizados para a audiência agendada pela Casa Civil com a Ugeirm (Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia). Não haverá paralisação de atividades. No entanto, a categoria em peso vai acompanhar a proposta que deve ser feita pelo governo. A vigília em frente ao Palácio Piratini, e nas diversas DPs do Estado, é em defesa da verticalidade dos salários na Polícia Civil. A tabela proposta é conhecida da Casa Civil há vários meses e contempla todas as categorias, sem exceções.
Até agora, o governo negociou 91 reais no vencimento básico dos agentes. Desse total, 40 reais foram creditados em outubro de 2011 e a segunda parcela, de 51 reais, só vai estar nos contracheques a partir de abril deste ano. Meses depois, o governo negociou um calendário profético e, por isso, estranbótico com os delegados: o salário inicial de sete mil vai chegar a 17,5 mil até 2018, totalizando quase 150% de reajuste para os que até lá estiverem vivos, que foi aceito. Sigam-me
Alquimia
O atendimento à sociedade será normal nesta sexta-feira, mas o clima é tenso nas delegacias. No comparativo nacional de salários, os agentes gaúchos estão na lanterna, a despeito do baixíssimo efetivo (cerca de cinco mil policiais para uma população de quase 11 milhões de habitantes) e da exigência de nível superior. A lei veda outra fonte de renda para o policial, que exerce atividade de risco. Três agentes policiais foram assassinados em 2011. Aqui da minha torre, a visão que tenho é de que uma alquimia escorredia semelhante ao do misterioso aumento dos delegados será oferecida aos agentes.
Detalhes
Estive revendo declarações em torno do caso envolvendo o delegado Leonel Carivali no qual resultou morta a vítima de um sequestro. Pela gravidade do fato, detalhes não deveriam ser, de certa forma, omitidos nas declarações das autoridades encarregadas da investigação. Um deles é da maior importância. Carivali nunca afirmou que tenha atirado, simplesmente, contra o carro dos bandidos. Ele disse, sim, que o sequestrador desceu armado e, ao lado do veículo, abriu fogo e, só então, ele, o delegado, atirou. Nesta altura, ninguém sabia quem estava no carro. A perícia já confirmou que as armas dos bandidos foram acionadas.
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