Bomba colocada no centro da Capital na última sexta continha bilhete com ameaça a Tarso Genro. Junto aos dizeres “acabou a brincadeira”, recado indicava ruas onde moram familiares do governador. Humberto Trezzi e José Luís Costa. Colaborou Carlos Wagner. ZERO HORA, 29/09/2011 | 04h06min
Há uma explicação para a ira do governador Tarso Genro após a descoberta de uma bomba colocada sexta-feira passada como protesto por melhores salários de PMs, em frente a um posto da Brigada Militar (BM) e a um quarteirão do Palácio Piratini, no centro de Porto Alegre.
O artefato trazia junto uma ameaça escrita ao governador e a seus familiares.
Deixada no quarteirão situado atrás da sede do governo estadual, a bomba foi encontrada sob um boné branco. Na aba dele, na parte interna, estava escrito a caneta o nome de duas ruas – uma delas próxima à casa do governador e a outra onde mora um familiar dele.
Além disso, o autor do protesto advertiu: “Pense bem”, e logo abaixo escreveu “Acabou a brincadeira”.
A existência das ameaças no boné foi confirmada a Zero Hora por três oficiais do alto escalão da BM, que viram o objeto, e por dois assessores do Palácio Piratini. Tarso não quis se manifestar oficialmente sobre o caso.
Segurança do governador foi reforçada
O governador tomou conhecimento da ameaça escrita no boné por meio de fotos, ainda na sexta-feira. Todo material foi detalhadamente fotografado pela Casa Militar e levado a ele no gabinete. A reação imediata de Tarso foi dizer que se tratava de um misto de política com delinquência. Naquele momento, ele convocou reunião reservada com o secretário de Segurança, Airton Michels, e com o comandante da Brigada Militar, coronel Sérgio Roberto de Abreu.
Desde então, a segurança de familiares do governador foi reforçada. Segundo interlocutores do Piratini, o que mais incomodou o governo no episódio de sexta-feira foi o potencial do artefato explosivo, que poderia ferir pessoas caso acionado.
Ontem, deputados do PT se reuniram com secretário da Segurança Pública, Airton Michels, durante almoço na Assembleia Legislativa. O cardápio foi leve, frango e salada, mas a conversa, pesada. O encontro havia sido agendado para discutir o projetos na área de segurança, mas a conversa acabou girando em torno da crise na BM. O comando da corporação, no entanto, se mantém prestigiado.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - É questão de honra identificar e expulsar estes supostos terroristas. Já extrapolou o limite da racionalidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário