PERIGO - Taline Oppitz; Luiz Augusto Kern - Interino - CORREIO DO POVO, 25/09/2011
O Piratini se equivocou ao fazer a leitura de que as discussões salariais dos policiais militares deveriam ser tratadas de forma política, com negociações diretas sendo realizadas pelas entidade dos servidores de nível médio da Brigada Militar.
Muito embora sejam entidades legalizadas e falem em nome da tropa, o risco de algo sair errado e, a partir daí, a insubordinação assumir a linha de frente das discussões sempre foi alto.
Policiais não são servidores comuns, pelo simples fato de conviverem com pressões que não se assemelham a outras atividades de Estado.
A colocação na sexta-feira de outro artefato com material explosivo próximo ao Palácio, falso ou verdadeiro, não importa, determina imediata mudança de rumo nas negociações.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Muito bem colocado. No últimos tempos, os governantes vêm cometendo equívocos ao escolherem a forma política e partidária para tratarem questões salariais e de direito em organizações militares, desprezando a liderança e a responsabilidade disciplinar do Comandante militar da corporação. Sun Tzú já alertou no início do seu livro "A Arte da Guerra" de que a interferência política em questões internas é nociva no ambiente de uma tropa militar. Portanto, os governantes não podem se queixar das consequências que hoje enfrentam e enfrentarão daqui por diante com o descrédito do Governo, com a pressão por melhores condições e salários e com a dificuldade do Comandante em retomar o clima organizacional de respeito e disciplina.
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