sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O PIOR SALÁRIO E O TERRORISMO

TERRORISMO - BEATRIZ FAGUNDES, REDE PAMPA, O SUL, Porto Alegre, Sexta-feira, 16 de Setembro de 2011.

A intenção mais comum do terrorismo é causar um estado de medo na população ou em setores específicos da população, com o objetivo de provocar no inimigo uma mudança de comportamento.

O episódio do "boneco" vestido com a farda da Brigada Militar e com um artefato que pretendia sugerir uma bomba no colo, causou impacto e literalmente sitiou o Centro nervoso da capital dos gaúchos na madrugada de ontem. Especialmente as redondezas do Palácio Piratini. Salvo uma avaliação talvez menos emocional, mais didática ou quem sabe diplomática, a intenção dos responsáveis foi a de aterrorizar a população de Porto Alegre. Em pesquisa sobre o significado do termo "terrorismo", o qual, com a licença dos mais sensíveis, considero o mais adequado para nominar o episódio do Viaduto Otávio Rocha, bem como outro igualmente com ameaça de "bomba" em estrada localizada no interior do Estado, destaco que uma das definições possíveis de terrorismo seria a de "uma estratégia política que consiste no uso de violência, física ou psicológica, em tempos de paz, por indivíduos ou grupos políticos, contra a ordem estabelecida, por meio de ataques a um governo ou à população que o legitimou, de modo que os estragos psicológicos ultrapassem largamente o círculo das vítimas para incluir o resto da população do território.

A intenção mais comum do terrorismo é causar um estado de medo na população ou em setores específicos da população, com o objetivo de provocar em um inimigo (ou seu governo) uma mudança de comportamento. É preciso diferenciar terrorismo de guerrilha. Terrorismo é, geralmente, materializado em um local calmo, ao contrário da guerrilha, que se associa, geralmente, ao ambiente de guerra. Segundo, o alvo do terrorismo são não-combatentes, ao contrário da guerrilha, em que o alvo são combatentes. Terceiro, o número de baixas resultantes do terrorismo tem por base razões político-psicológicas, ao contrário da guerrilha, em que as razões são político-militares. Quarto, o terrorismo é normalmente materializado em um ambiente urbano, enquanto que a guerrilha se associa mais ao ambiente rural. Quinto, enquanto que a guerrilha se verifica em unidades geográficas e territoriais bem definidas, no terrorismo isso não se verifica, podendo ocorrer em áreas territoriais e geográficas difusas e previamente indefinidas. Sexto, frequentemente a organização que está por trás da atividade terrorista não é visível, é quase sempre feita em um underground level, enquanto que a organização das atividades de guerrilha é geralmente bem visível. Sétimo, o terrorismo opera a partir de pequenas células, ao contrário da guerrilha, em que há um grupo de dimensão considerável. Oitavo, enquanto que a guerrilha faz, normalmente, parte de um movimento popular de grandes dimensões, o terrorismo não encontra tanta base de apoio popular. Nono e último, o número de baixas na guerrilha é significativamente maior que no terrorismo: no Vietnã e Afeganistão foram 1 milhão de mortos, enquanto que no atentado de 11 de setembro de 2001, em Nova York, morreram 3.337 pessoas.

"Na primeira noite, eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim. E não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam nosso cão e não dizemos nada. Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E já não podemos dizer nada." Impossível aceitar que a P2 não saiba os nomes de todos os responsáveis! A conferir!

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Já venho alertando nos meus blogs. O caso está tomando proporções graves e nocivas à população e à imagem da Brigada Militar, já abalada pelos salários miseráveis e pelo descaso dos governantes do Rio Grande do Sul. A tropa está muito inquieta diante dos disparates e discriminação praticada pelos Governantes que concedem privilégios e salários justos para alguns e desprezam a honra e a dignidade daqueles que colocavam a vida em jogo para defender o Estado e proteger o cidadão.

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