PM reage e mata dois assaltantes em pet shop. À paisana, policial surpreendeu dupla em ataque no bairro Santana, na Capital, mas acabou ferido - EDUARDO TORRES E PEDRO MOREIRA - ZERO HORA 31/08/2011
Um policial militar à paisana reagiu e matou dois assaltantes que atacavam uma pet shop, no bairro Santana, em Porto Alegre, ontem pela manhã. O PM estava dentro do estabelecimento, de propriedade de um casal de amigos, tomando chimarrão, quando a dupla entrou no local, por volta das 9h.
O sargento, de 40 anos, do Batalhão de Operações Especiais (BOE) – a pedido da família, que teme represálias, o nome do PM é omitido por ZH –, teria aproveitado um momento de distração dos ladrões e atirado. Na troca de tiros, o PM também ficou ferido, com um tiro na axila direita, e precisou ser socorrido ao Hospital de Pronto Socorro (HPS). (a integra no jornal Zero Hora)
ENTREVISTA - “Reagi porque não tinha alternativa”. PM que matou assaltantes
Há 22 anos na Brigada Militar (BM) e há uma década no Batalhão de Operações Especiais (BOE), o sargento que matou dois assaltantes na manhã de ontem falou a Zero Hora enquanto se recuperava no HPS:
Zero Hora – Como foi o assalto?
Sargento – Eu estava sozinho no estabelecimento do meu compadre quando entraram dois elementos pedindo coleira para cachorro. Eu perguntei qual tipo de coleira, e um deles disse que tinha “caído a casa” e que eu tinha “perdido”.
Zero Hora – Em que momento o senhor decidiu reagir?
Sargento – Até ali tudo bem, mas um deles disse que o outro tinha que me revistar. Eles se distraíram para pegar o dinheiro no caixa, foi o momento que eu tive para reagir.
Zero Hora – O senhor tem ideia de quantos tiros foram dados no confronto?
Sargento – Eu descarreguei minha pistola, são 15 tiros. Um deles (assaltantes) eu tenho certeza que descarregou um 38.
Zero Hora – E acabou tomando apenas um tiro.
Sargento – Para quem acredita em Deus, foi uma mão divina. As balas passaram todas à minha volta e somente uma me atingiu. Eu senti a bala entrar nas costas, mas não sei se não entrou pelas costas ou pelo braço.
Zero Hora – O senhor recomenda que as pessoas reajam em situações como essa?
Sargento – Nunca reajam. Eu reagi porque não tinha alternativa. Era a minha vida ou a minha vida. No momento em que eles descobrissem que eu era policial militar, eu certamente não estaria aqui conversando contigo.
Zero Hora – Já havia matado alguém?
Sargento – Que eu me lembre, não.
Zero Hora – O senhor se considera um herói?
Sargento – Não, nunca. Eu sou um sobrevivente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário