Três batalhões deixam de patrulhar - ZERO HORA 13/06/2011
A Brigada Militar tem hoje em torno de 1 mil policiais militares prestando serviços fora da corporação, número suficiente para manter funcionando dois batalhões de grande porte – como o 9º BPM, situado no bairro Cidade Baixa – e um terceiro menor.
Estão fora do policiamento 962 PMs, somando os cedidos, os à disposição de associações, federações, os que atuam em conselhos tutelares e em força de paz da ONU e na força-tarefa dos presídios. Só as atividades nas cadeias absorvem atualmente 616 servidores.
Há quatro anos, o então secretário da Segurança, José Francisco Mallmann, encabeçou, junto com a cúpula da Brigada Militar, um movimento pelo retorno desses PMs para a corporação.
– A situação que não estiver prevista na lei, é desvio de função. Tem de acabar com convênios, decretos e acordos que servem de artifícios para tirar os PMs do policiamento. PM fez concurso público para estar nas ruas fardado – diz Mallmann, hoje delegado federal aposentado.
Um dos projetos do ex-secretário era estipular um prazo máximo de cinco anos para a permanência dos PMs prestando serviços fora da BM. Mallmann também faz críticas contundentes em relação à atuação de policiais em presídios.
– Os policiais têm de estar nas ruas cuidando da sociedade, coibindo crimes. Quem tem de cuidar de presos são os agentes penitenciários – diz Mallmann.
FORA DAS RUAS - Secretário diz que vai reduzir PMs em cadeias
A Secretaria da Segurança promete reduzir, até o final do ano, o número de PMs fora da corporação. O enxugamento ocorrerá na força-tarefa dos presídios, criada em 1995 e que atualmente ocupa mais de 600 PMs.
Segundo o secretário Airton Michels, os 200 PMs que trabalham na Penitenciária Estadual do Jacuí vão retornar à BM. A meta é extinguir por completo a força-tarefa até 2014.
Em relação aos policiais cedidos a outros órgãos, que são 318, Michels considera o número razoável e ressalta que esses servidores devem estar prestando serviços relacionados com a experiência quem têm.
Quanto ao tempo fora da BM, o secretário avalia não ser saudável um longo afastamento do servidor, pois pode implicar em perda do perfil de policial. Dos 344 PMs cedidos ou à disposição, 75 não atuam no policiamento há mais de quatro anos.
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